O Blog:

Não importa se fútil ou cult, aqui tem o que agrada, desperta curiosidade, riso e coisas assim. Sem rótulo e sem pudor, seja fult com a gente!

sábado, 24 de outubro de 2009

Película

Oldboy
Cinema coreano me excita, surpreende, enoja e encanta. Oldboy é o terceiro filme da Trilogia da Vingança do diretor Chan-wook Park. Cenas violentas embaladas por música clássica, sangue banha de forma natural a trama, a solidão de um quarto fechado ou de formigas no metrô são retradadas, hipnose explica a insanidade dos fatos, família como resposta e causa das tragédias. O sabor de um biscoitinho da sorte o guiará em nome da sua vingança sem rosto, encontrará nas mãos frias de uma cozinheira de sushi a sua felicidade insana e sua resposta para uma língua cortada. Oldboy é violentamente apaixonante, inquietante, fantástico. A cena de luta de Oh Dae-su é feita sem cortes ou dublê e foram necessários 8 polvos vivos para serem devorados por ele.
Recomendo!


sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Deixa Ela Entrar

Imaginem todos o clichês cinematográficos, literários e até mesmo musicais que existem sobre vampiros. Aversão à luz, sede de sangue humano, pescoços com dois furinhos dos dentes afiados, a violência ao abater uma vítima, o frio da pele e um ar blasé comum aos vampiros, todos estes clichês estão presentes nesse maravilhoso filme sueco. Ah, o que ele tem de diferente dos demais filmes do gênero? Tudo! É um filme estonteantemente belo que mescla com maestria doçura e barbárie ao nos apresentar o personagem Oskar, jovem de doze anos que sofre com maldades de seus colegas de escola, e Eli, menina aparentemente de 12 anos, de uma solidão gritante e cheia de mistérios.


Se procurar pela ficha técnica do filme, lá vai vê-lo classificado como um filme de horror ou suspense. Mas é muito mais que isso. Acima de tudo é um drama que através do romance nos apresenta a complexidade dos personagens e as mazelas da existência humana e da existência vampírica. Os diálogos no filme são poucos e minimalistas, mas tudo fica explícito nos olhos e nos gestos.

Neste filme, a aceitação do que o outro é e a compreensão da condição na qual o outro se encontra é exposta de maneira sutil e brutal ao mesmo tempo, é uma das coisas mais bonitas que já vi no cinema. Recomendo especial atenção no tipo de laço existente entre Eli e o senhor de idade, e também na cena onde conscientemente Oskar a deixa entrar. As nuances são surpreendentes, vale a pena assisti-lo, e o mais rápido possível!


FICHA TÉCNICA

Título original: Let the Right One In (2008)

Duração: 114 minutos

Gênero: Terror

Direção: Tomas Alfredson

País de origem: Suécia

domingo, 4 de outubro de 2009

Cd arranhado

Novo cd da Pitty Chiaroscuro


Terceito álbum com músicas inéditas da Pitty. Com nome escolhido pelos fãs (fanáticos). “Chiaroscuro” quer dizer "claro-escuro" em italiano. Bem, capa bonita, idéia bem elaborada, mas não convence.Ficou comercial. Apesar de muitos apontarem seu amadurecimento, percebo o contrário. Embaixo desse ar denso que eles pintam com tintura aguada há letras mal rimadas, idéias batidas, nada inovador realmente. Ainda tem cara de adolescente emo de 15 anos revoltado. A música de trabalho alcança seu objetivo chiclete de não sair da boca do povo, mas é de refrão fácil, bobo, sem graça. Esse novo cd frustrou todas as minhas espectativas. Não vai me impressionar ela fazer um acústico com o NX Zero e Canto dos malditos na terra da nunca. NÃO recomendo!