O Blog:

Não importa se fútil ou cult, aqui tem o que agrada, desperta curiosidade, riso e coisas assim. Sem rótulo e sem pudor, seja fult com a gente!

domingo, 29 de agosto de 2010

Achados os perdidos


Formado em cinema, também compositor, cantor e produtor, Vinicius Calderoni é uma pérola que conheci há pouco tempo. Seu álbum de estréia não é tão recente assim, data de 2007, mas ainda me parece ser pouco conhecido. Conheci o trabalho do cara por acaso, pesquisando canção da grande Fabiana Cozza pela Internet, parceira dele em uma das canções de Tranchã.

Vinicius é incomum, um artista completo e que precisa ser degustado aos poucos, a fim de absorver os tantos elementos contidos nas canções dele. Volto a falar dele por aqui quando tiver uma opinião mais concreta a respeito, mas uma coisa é certa: o som do cara é muito bom!

Para baixar o CD clique AQUI.
Mais informações, biografia, fotos, vídeos etc: Site Oficial

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Crescimento




É notável o crescimento do Tarantino e Almodóvar como cineastas. Tarantino misturando as cores em mangás, trilha sonora atípica e efeitor bizarrentos que quebram a tensão do filme em Kill Bill I e II (e dizem as boas línguas que daqui uns anos vai rolar o III). Sempre lembrado pelo filme Cães de Aluguel, ápice da carreira e tem sangue jorrando pelas orelhas o tempo todo.

OBS.: Tarantino faz uma pontinha como ator em Cães de Aluguel como o Mr.Brown.

Em seu último filme como diretor, Bastardos Inglórios, o Quentin consegue enxugar todo aquele sangue e utiliza-lo em dosagens mais contidas. As cenas violentas ganham um movimento quase dançado. Permanece com a violência à flor da pele, só que bem desenhado.

Almodóvar segue o mesmo pensamento só que em relação as cenas de sexo. Oral, anal, hétero ou homossexual, o sexo está sempre muito presente nas cores do Almodóvar. Em, Abraços Partidos, ele drena e foca em cenas não tão explícitas, contudo não menos sensuais. O amadurecimento é inegável quando se compara Abraços Partidos (2009) e Ata-me (1990).




Agora, com o diretor nacional Heitor Dhalia tem se mostrado diferente. Ele inicia com o filme Nina, um bom começo. Depois explode com O cheiro do ralo, que apesar de recente é obrigatório pra qualquer cinéfilo. Um tempo depois ele aparece com À deriva que tem um fotografia limpa, organizada, com todos os tons certos. Toda a parte técnica é impecável, mas a história por si só é bem mediana. Não supera as expectativas.Seu próximo projeto é Depois da Ilha. Agora é esperar e conferir.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Entrevista com Túlio Borges

Sempre sutil, com canções vão da paixão à melancolia e do rústico ao elaborado, Túlio Borges é cantor para ouvir atento a fim de não perder nenhum detalhe dessa musicalidade tão primorosa. Devo conhecer o trabalho de Túlio desde março deste ano, só não lembro bem como o som dele chegou até mim, mas creio que foi através do meu perfil lá no LastFM. Como de costume, tudo que eu gosto eu espalho por aí, faço os amigos ouvirem junto comigo, dessa vez não foi diferente. Pouco a pouco mais gente ao meu redor foi afeiçoando ao trabalho do cara, que é mesmo bom.

Há alguns dias a Diana, minha parceira aqui no Varal, fez contato com o Túlio, no meio disso tudo ela falou do blog e o convidou para uma entrevista. Convite aceito, cuidei de fazer as perguntas, que ele prontamente respondeu. Posso afirmar sem receios que foi uma das entrevistas mais agradáveis feitas até hoje no Varal Fult. O resultado vocês conferem logo abaixo.

Varal Fult: Eu Venho Vagando no Ar, seu CD de estréia, começa evocando a figura mística do caboclo através de “Pontos”, além de citar outros elementos do africanismo como o terreiro e a cidade da Jurema. Qual sua ligação pessoal com estes elementos? Por que incluí-los no álbum?
Túlio Borges: Olá para os leitores do Varal Fult. “Eu venho vagando no ar” é disco de uma estreia que veio sem pressa. Desde o início, tive vontade de que fosse um álbum como os de antigamente, aqueles que ouvi na infância e adolescência: um disco, com uma estória, início, meio e fim. A primeira faixa é composta por 5 pontos do candomblé que conheço desde menino, quando os ouvia de uma pessoa querida. As letras são leves e as melodias muito bonitas. Achei intuitivamente que faria sentido que introduzissem o ouvinte ao universo sonoro deste trabalho. Não à toa, um dos versos dá nome ao CD. Não sou religioso e, em matéria de música, não tenho qualquer compromisso que não seja musical. Pesou, além da memória afetiva, o fato de que os pontos afro-brasileiros tendem ser registrados na música brasileira com ênfase na percussão. Eu queria valorizar as linhas melódicas e os versos livres e simples.

VF: Por que cantar? O que pesou na hora de escolher a música como profissão?
TB: Escolhi não ser músico profissional e vivo como tradutor. Estudei música por muitos anos quando criança, e sempre soube que não queria sobreviver de música, mas tê-la à mão como fonte de apoio e prazer. Eu canto como quem chora, só quando dá muita vontade.

VF: Estrear aos 29 anos pode-se dizer uma ousadia, a indústria fonográfica normalmente lança nomes mais novos. Em contrapartida, a tal “estréia tardia” revela um amadurecimento que é perceptível na qualidade e equilíbrio do álbum. Ao tentar encontrar espaço nas mídias, o que se sobressai?

TB: Ousar é fazer. Quem faz o que acredita, da maneira que acha ser a melhor, pode morrer mais feliz. Não digo que o disco é perfeito, mas eu o dei terminado porque passou no meu crivo. Penso que se me agrada, é provável que vá achar vários outros que gostam. Se não agradar, sinto-me tranquilo também. Acho que quem se dispõe a ouvi-lo, observa que ele é verdadeiro. Além disso, com o cuidado e a quantidade de músicos excepcionais, escolhidos a dedo para cada música, o resultado não poderia ser menor do que ótimo. Espero que concordem comigo.

VF: Ao contrário de tantos outros artistas que voltam ao Brasil depois de uma temporada no exterior, você lançou um álbum onde a brasilidade está muito presente e próxima da sua raiz. Contudo, é um trabalho multifacetado, plural no que diz respeito a ritmos. Quais são suas influências e qual a melhor forma de lidar com elas sem perder a autenticidade?

TB: Cada um é um filtro do muito que vive no mundo. Em teoria, quando nos conhecemos e somos fieis quem somos, conseguimos ser autênticos. Quando me mudei do Brasil, fui sem planos de voltar, mas passaram-se os anos e me dava conta que o país que me pertence é o Brasil. Aqui é que conhecem a carga das palavras que uso. Eu me sentia um personagem mais superficial fora. Foi ótimo como foi e reforçou o gosto pelo que é bom no Brasil, como a música.

VF: Qual é a importância de ter participado de diversos festivais de música?
TB: Os festivais são enriquecedores pela troca com outros músicos. Formam um circuito alternativo interessante, ainda que sejam limitados pela característica competitiva da maioria deles.

VF: Vytória Rudan é sua parceira em duas composições do álbum (Paraty e Zorro), além de formarem um dueto em uma das faixas. Como nasceu essa parceria?
TB: A Vytória é amiga de outros festivais, literalmente. Uma pessoa rara e intérprete como poucas. Da amizade próxima surgiram as parcerias.

VF: Quais são suas inspirações para compor?
TB: Antes de dormir sinto necessidade de me sentir produtivo. Às vezes, perco o sono se não sinto que fiz algo importante. Naturalmente, de noite sai a maioria das canções. Aquelas feitas à noite costumam ser mais introspectivas, nostálgicas. As de manhã são brincalhonas. Falo sobre coisas da minha vida.

VF: Sabemos que ainda é cedo, mas o CD de estréia deixa-nos com desejo de “quero mais”. Há planos para um próximo trabalho?
TB: Há planos, sim; não tardará muito, espero que saia em 2011. Já tem um repertório delineado, será um disco mais parecido comigo, com letras divertidas e mais estórias. Estou ansioso desde já pra entrar em estúdio.

VF: Agradecemos pela gentileza em ceder essa entrevista e pela atenção. E também pelas músicas, claro. Alguma observação, palpite ou recado pra deixar para nós e para a galera que acessa o Varal Fult?
TB: Ouvir música hoje é bem diferente do que nos tempos de meu pai. A diversidade é enorme e a gente tem que tomar as rédeas do que escolhemos escutar. Nesse sentido, o varal tem um lugar estratégico de apresentar opções.
Abraço pra vocês!

___________________________________________Túlio Borges, por e-mail.

Para conhecer mais, baixar e ouvi-lo: Perfil do Túlio no MySpace

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Andreia Dias, o som da libertação!

Há uns dois meses atrás vi uma notinha na página com dicas culturais da Veja falando de uma cantora chamada Andreia Dias. Alguma coisa me chamou a atenção ali naquele textículo (diminutivo de texto, riariaria), mas nem lembro mais o que foi em especial. Ah, lembrei! É que ela foi expulsa da casa dos pais evangélicos rigorosos aos 15 anos de idade por insistir em usar calça jeans. Mas bem, sei que fui correr atrás pra conhecer e tive uma grata surpresa: ela é ótima!
Tem um quê diferente, soa desigual em meio a tantas outras ótimas cantoras da sua geração. Há uma rebeldia latente que não depende do grito ou da distorção de guitarras para se perceber. Pelo contrário, Andreia consegue ser doce ao mesmo tempo em que é irônica.
“Através do rock n roll me libertei, do samba me requebrei, do soul e do blues, me inspirei , na Boemia e na capoeira angola me criei.”

Nesse seu segundo trabalho, intitulado Vol. 2, a cantora consegue demonstrar uma maturidade muito interessante. Sem falar na sua qualidade como compositora, passeando pelo brega e pelo moderno com uma naturalidade de poucos. O resultado é um som singular, muito delicinha. Tem pra todo gosto, de sambinhas a boleros.
“O meu amor já não tem mais tanta frescura,
A minha vida não suporta compostura
E assimilando toda a situação,
Sigo tranqüila com muita perturbação”

É um CD para ouvir e se divertir, puro deleite. E, conforme o trecho ali em cima diz, é mesmo um álbum perturbado, no bom sentido. Ficou curioso? Clica AQUI pra viajar junto no Vol. 2, já o Vol. 1 tá disponível AQUI. Pura viagem!

Maiores detalhes: http://www.myspace.com/andreiadias

domingo, 8 de agosto de 2010

PeQuod

Ontem fui assistir a peça Marina do grupo PeQuod. É simplesmente esplendoroso! Esse grupo trabalha com bonecos e fundem a própria atuação e canto com os seres que animam. Marina é baseada na obra de Hans Christian Andersen com as músicas de Dorival Caymmi. São 4 aquários e um "lago" pra representar o fundo do mar. Os bonecos dessa vez são representados na água com todo o movimento e som das águas que torna tudo ainda mais fiel. Todos os integrantes tem papel fundamental, todos se movimentam, atuam, falam, cantam. Aliás, a menina que faz a Marina canta bem pra caraio! Bem, a peça está em cartaz no CCBB e ainda tem a versão de Marina pras crianças. E gente, é só R$10,00! Recomendo!

http://www.pequod.com.br/

No site dá pra ver alguns vídeos e conhecer mais sobre o grupo. O vídeo debaixo é um ensaio de um espetáculo antigo.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Funk Cult

Povo, isso é a tradução de algo Fult. HAHAHA, muito bom! Já vi várias vezes seguidas, Marcelo Adnet é ótimo!