O Blog:

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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Álbum póstumo de Amy Winehouse

Desde Amy morreu, a única certeza que eu sempre tive foi que sua morte renderia muito dinheiro, assim como aconteceu recentemente com a Morte de Michael Jackson e acontece ainda hoje, no Brasil, com Renato Russo. Aliás, temo que um dia a "obra póstuma" de Renato Russo se torne maior que sua obra real, mas isso já é outro assunto... 

Amy Winehouse Lioness: Hidden Treasures” traz versões e músicas inéditas na voz de Amy e será lançado em dezembro próximo. Entre as canções do novo álbum, está “Between the Cheats”, uma canção emocional e inédita sobre seu ex-marido, Blake Fielder-Civil, e um cover de “A Song for You” – famosa na voz de Donny Hathaway – que Amy gravou enquanto tentava se livrar de seus vícios, em 2009. 

O álbum foi montado por Salaam Remi e Mark Ronson, produtores que trabalharam com Amy em seus dois álbuns, Frank e Back to Black. Eles ouviram milhares de horas de gravações da cantora e escolheram as canções que estão no álbum. Salaam disse: “Quando escutei as gravações, era possível ouvir algumas das conversas, e foi muito emocional. Eu acredito que ela deixou algo com o passar dos anos. Ela fez um trabalho que vai inspirar uma geração que ainda não nasceu”. A fonte das informações e citações é do tablóide The Sun. 

Vamos esperar; confesso ter grandes expectativas. E esse não deve ser o único álbum póstumo de Amy, a gravadora deve ter algum registro de umas 8 ou 9 músicas que Amy compôs durante sua estadia no Caribe, que foram recusadas por serem reggae, já que o contrato previa um álbum de soul/jazz. Segue a tracklist de Hidden Treasures: 

1- “Our Day Will Come (versão reggae)” – Cover
2- “Between the Cheats” – Canção inédita
3- “Tears Dry” – Versão balada original de “Tears Dry on Their Own”
4- Wake up Alone” – Demo de março de 2006
5- “Will You Still Love Me Tomorrow” – Cover da canção do Shirelles
6- “Valerie” – Versão lenta da canção gravada com Mark Ronson
7- “Like Smoke” com Nas - Canção inédita
8- “The Girl from Ipanema” – Cover da canção de bossa nova
9- “Halftime” - Canção inédita
10- “Best Friends” – Gravação de fevereiro de 2003
11- “Body and Soul” com Tony Bennett – Cover da canção de jazz
12- “A Song for You” – Cover da canção de Leon Russell gravada na primavera de 2009

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Os hits dos anos 90

Recentemente, vemos falar muito dos anos 80 com as festas Ploc's e todo um saudosismo daquele tempo. Eu até curto essa onda oitentista, mas o que eu pude vivenciar mesmo foram os anos 90, já que nasci no fim da década de 80. Taí um ótimo vídeo que um grupo fez cantando algumas músicas que marcaram a década de 90 a capella, incluindo o mega-hit da brasileira Corona. Vale a pena!




Rythm of the Night - Corona (1993)

What is Love - Haddaway (1992)
All That She Wants - Ace of Base (1992)
Scatman (Ski-Ba-Bop-Ba-Dop-Bop) - Scatman John (1994)
Dub-I-Dub - Me & My (1995)
Dub-I-Dub - Axel Boys Quartet (1997)
I Like to Move It - Reel 2 real (1994)
Be My Lover - La Bouche (1995)
No limit - 2 Unlimited - (1992)
Sing Hallelujah - Dr. Alban (1993)

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Cavaleiro Selvagem Aqui Te Sigo

Continuando a falar sobre os nascimentos de Setembro, venho hoje pra falar sobre o terceiro álbum da Mariana Aydar. Sem me estender muito, digo que está impecável e é uma grata surpresa. Mariana nunca foi uma cantora de grande voz, mas compensa muito bem isso com suas interpretações criativas e a musicalidade que vem se refinando a cada álbum.

Em Cavaleiro Selvagem Aqui Te Sigo, a cantora assina 5 das 13 faixas e caminha por ritmos distintos e bem brasileiros, indo do forró à africanidade, sem deixar de passar pelas baladas, como acontece com Passionais, que é uma crônica interessante sobre o amor moderno.

Duas regravações do álbum que agradaram muito; a primeira delas é Não Foi Em Vão, da Thalma de Freitas. A letra é primorosa e de longe é minha preferida tanto no repertório da Thalma quanto da Orquestra Imperial, com a qual gravou sua canção pela primeira vez. Outra regravação imperdível no álbum é a de Vai Vadiar, de Monarco e Ratinho, mas que ganhou popularidade na voz de Zeca Pagodinho. Nunca tinha prestado muita atenção nessa letra, mas Aydar falando todas as palavras certinhas e bem encaixadas numa melodia de um tango-bolero-indie a música cresce e fica uma delícia, não dá vontade de parar de ouvi-la.

Caetano Veloso que tem sido bastante lembrado esse ano também foi lembrado por Mariana Aydar, e sua canção Nine Out Of Ten ganhou uma versão esplendorosa nesse terceiro álbum da cantora. Não só pelas letras, o álbum também se destaca pelo instrumental impecável comandado pelo maestro Letieres Leite, comandante da Orkestra Rumpilezz. Atenção especial a percussão de Gustavo Di Dalva, fazendo um batuque moderno e radiofônico, sem desprezar as raízes do outro lado do Atlântico. Cavaleiro Selvagem Aqui Te Sigo é um dos melhores álbuns do ano, imprescindível! Há um tom intrigante nesse álbum, Mariana acertou o alvo.

Cavaleiro Selvagem Aqui te Sigo (2011)

1. A saga do Cavaleiro (Mariana Aydar)
2. Solitude (Mariana Aydar - Luísa Maita - Jwala)
3. Não foi em vão (Thalma de Freitas)
4. Passionais (Dante Ozzetti - Luiz Tatit)
5. Vai vadiar (Monarco - Ratinho)
6. Nine out of ten (Caetano Veloso)
7. Floresta (Mariana Aydar - Guilherme Held - Tiganá Santana)
8. Galope razante (Zé Ramalho)
9. Porto (Romulo Fróes - Nuno Ramos)
10. Preciso do teu sorriso (João Silva)
11. O homem da perna de pau (Edson Duarte)
12. Cavaleiro selvagem (Mariana Aydar - Emicida)
13. Vinheta da alegria (Mariana Aydar)

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Setembrinos

 Acho que é uma conspiração do Universo fazer com que muitas coisas e pessoas nasçam em Setembro. Prova disso foram os lançamentos de três CD's muito esperados, pelo menos por mim. O primeiro deles foi o CD de estréia de Filipe Catto, intitulado de Fôlego. Teve ainda o lançamento do quarto álbum de estúdio de Maria Rita, o Elo. Mariana Aydar também lançou o seu terceiro álbum de estúdio, Cavaleiro Selvagem Aqui Te Sigo, um dos mais esperados por mim não só no mês passado, mas em todo ano. 

Propositalmente venho falar desses álbuns já tarde. Deixo Mariana Aydar pra um texto exclusivo depois, falemos de Catto e Maria Rita. Num ano de lançamentos primorosos como o álbum de estréia do Cícero, Canções de Apartamento, não é muito difícil parecer mais-ou-menos, ainda mais quando se espera por um trabalho com grande expectativa. 

Ouvi repetidas vezes e estou ouvindo novamente agora para reafirmar que o álbum de Maria Rita, para mim, é uma decepçãozinha. A cantora está impecável como sempre, voz bem colocada, interpretação na medida mas não há nada de novo no Elo, nada que acrescente à carreira da artista. Depois do ótimo Samba Meu de 2009, parecia que Maria Rita havia finalmente se encontrado musicalmente e que o próximo álbum também seria do gênero, mas não é o que constatamos com Elo

Maria Rita volta a passear pelo jazz contemporâneo de ótima qualidade já presente nos seus dois primeiros CD's. São 11 faixas que contam com regravações de canções bastante conhecidas pelo público, como Menino do Rio e A História de Lily Braun, incansavelmente regravada, como fez recentemente Maria Gadú e Teresa Cristina em seus respectivos últimos trabalhos. O álbum também traz regravações menos conhecidas, como Santana, já gravada pelo impecável Rubi. Minha queridinha do Elo é a regravação de A Outra, que Maria Rita sacou do repertório de Los Hermanos, já visitado por ela outras vezes.

Vale aqui um parênteses para esclarecer que Elo nasceu de uma turnê que Maria Rita fez, sem título e sem cenário, assim que encerrou os trabalhos com o Samba Meu. Como o contrato que a cantora tem prevê que ela lance um álbum de dois em dois anos, ela entrou em estúdio e fez um CD baseado nesses shows. Até cheguei a ver um destes, e claro, foi perfeito porque Maria Rita é Maria Rita. Para nos deixar com vontade de mais samba, Elo se encerra com a ótima regravação de Coração em Desalinho, que todo mundo pôde ouvir por meses na abertura de uma novela da Globo que já até esqueci o nome. É um bom álbum, queria mais, esperava mais e vou continuar esperando, mas nem por isso Elo deve ser desprezado. Vambora ouvi-lo!

Quanto ao Fôlego, de Filipe Catto, a empolgação é outra. Que álbum delicioso! Conta com algumas regravações, mas sem nenhuma repetitividade e nem clichê. Das regravadas, a mais conhecida é Garçom, famosa na voz do caricato Reginaldo Rossi, mas que com Catto ganha uma seriedade comovente, um lamento de desamor dos mais bonitos. 

Em Fôlego também se destacam as inéditas e autorais Adoração e Redoma. Especial atenção também para Roupa do Corpo, canção autoral que já havia aparecido no seu trabalho de divulgação, Saga (2009), que ganhou uma roupagem mais sofisticada no CD. Também impecável no que diz respeito a voz e arranjos, em Fôlego o cantor se aproxima mais da linguagem pop, tanto no ritmo quanto nas letras, deixando mais sublime sua característica referência literária, mas sem abrir mão da qualidade musical. Fôlego está imperdível! Atenção especial para 2 Perdidos. Cliquem nos títulos abaixo e bom deleite!

Elo (2011) - Maria Rita
1. Conceição Dos Coqueiros
2. Santana
3. Perfeitamente
4. Coração A Batucar
5. Menino Do Rio
6. Pra Matar Meu Coraçao
7. A História De Lilly Braun
8. Nem Um Dia
9. A Outra
10. Só De Você
11. Coração Em Desalinho




Fôlego (2011) - Filipe Catto
1. Adoração
2. Gardênia Branca
3. Johnnie, Jack & Jameson
4. Redoma
5. Juro por Deus
6. 2 Perdidos
7. Alcoba Azul
8. Saga
9. Nescafé
10. Garçom
11. Crime Passional
12. Roupa do Corpo
13. Rima Rica/Frase Feita
14. Dia Perfeito
15. Ave de Prata

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Björk e seu Biophilia

Depois te ter lançado clipe no Youtube da canção Crystalline, em julho, Björk liberou seu oitavo álbum para ouvir on line e na íntegra nessa quarta-feira. Oficialmente, Biophilia será lançado em 10 de outubro, nos formatos de CD, vinil e aplicativos para iPad.

Biophilia (2011):
1 - "Moon"
2 - "Thunderbolt"
3 - "Crystalline"
4 - "Cosmogony"
5 - "Dark Matter"
6 - "Hollow"
7 - "Virus"
8 - "Sacrifice"
9 - "Mutual Core"
10 - "Solstice"


Músicas do digipak:
11 - "Hollow" (versão original de 7 minutos)
12 - "Dark Matter" (com Choir & Organ)
13 - "Nattura"

Clique AQUI para ouvir o álbum na íntegra.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

O multitalento de Clóvis Struchel

Não, ele não é modelo, ator e manequim. Os talentos dele são outros e bem reais. Eu conheci o Clóvis através de seu blog. Ele tem uma literatura densa que é verdadeiramente admirável e excitante. Conversa vai e conversa vem, descobri que ele não só escrevia prosas, mas também letras de músicas. E logo após, que não só escrevia músicas, mas também cantava. E cantava bem! E a partir daí a admiração só foi crescendo e tender a crescer ainda mais.

Nos últimos dois anos Clóvis foi amadurecendo como artista e deixando de lado o amadorismo de iniciante. Escreveu dois livros, um romance e um livro de microcontos, trabalhos que rendeu um contrato com a editora Multifoco. Contudo, acredito eu, a paixão de Struchel está mesmo na música.
Sou músico. Não sou cantor. Não tenho pretensões de chegar ao nível de um Donny Hathaway, por exemplo. Canto as minhas canções com verdade, e isso é o melhor que eu posso fazer por mim.
Ao ter aulas de canto com a ótima Suely Mesquita, o cantor e escritor foi apresentado a Lucina, uma das parcerias musicais mais freqüentes de Zélia Duncan. Esse foi o pontapé inicial para que Clóvis passasse a circular e ser admirado no meio artístico por nomes importantes com o Edu Krieger, Luis Capucho, Fernando Paiva, Bruno Scamtamburlo etc. Lucina e Edu até chegaram a escrever sobre ele em veículos de informação, admirado com sua musicalidade e talento. Na mesma época, conheceu também Kali C., quem o incentivou muito e produziu o seu primeiro show. Com Lucina e Sonya Prazeres, compôs Tristezas, registrada em vídeo pela Lucina no projeto Música de Bolso.




Entre parcerias, planos, músicas, redescobertas musicais e lapidações, finalmente Clóvis foca-se novamente na música e volta aos estúdios para terminar o seu primeiro álbum. Como poucos, Struchel consegue ser pop e manter a qualidade musical. Suas letras fogem do clichê e do refrão fácil, certamente é um talento que brevemente veremos em vôos bem maiores. Por enquanto, como aperitivo dessa voz de nuance anacrônica e noturna, o registro da inédita Fui Ali.



Qualquer outra novidade sobre o trabalho do cara eu posto aqui, e que venha o CD!