O Blog:

Não importa se fútil ou cult, aqui tem o que agrada, desperta curiosidade, riso e coisas assim. Sem rótulo e sem pudor, seja fult com a gente!

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

ZàZ


Como que banda começa?
Começa primeiro só no sentimento, em ensaios imaginários, em músicas em rodas, em algum canto pulsando. A ZàZ nasceu assim também, juntamente com muita amizade, noites intermináveis e pessoas com um pé na loucura e outro na sanidade.
“Elaborando autenticidades”, a atual formação tenta ao máximo trazer aquele ‘algo de novo’ que tanto precisamos. Um impulso, um rompante.


Se nota facilmente as letras deliciosamente construídas pelo compositor e também cantor Zeca Sales, as melodias que sambam nos dedos e soam nos violões de Isick Kauê e Luana caiube; a guitarra fervorosa de Danilo Sampaio; o som quem vem do baixo doce de Toti; o sorriso veloz da bateria de Gildésio e na percussão alegre de Emanuel Mancha e Gracyellen de Paula. No vocal, a voz grave e sutil de Zeca se soma a vitalidade de Luana Caiube e a beleza delicada da voz de Patrícia Lima. Com algumas músicas autorais já na bagagem, a Zàz hoje tenta trazer essa alegria inebriante que tanto buscamos, em tantos cantos e sons.
A Zàz começou no sentimento, e nele permanecerá…
A música sempre sai melhor assim.


Retirei o release lá da página da banda no LastFM. E é exatamente isso aí, um com com alegria comovente e nota doces. Conheci o trabalho deles a pouco mais de um mês e não consegui mais parar de ouvir. O material disponível para download infelizmente só são três músicas, mas que valem MUITO a pena ouvir. E com certeza vai dar vontade de ouvir mais e mais vezes. O som contagiante você encontra AQUI. É sem arrependimentos. Certamente, uma das minhas maiores descobertas musicais, são excelentes!

25 songs, 25 days #5

Day 05: A song that is often stuck in your head.
Há muitas músicas que não saem da minha cabeça e se eu fosse extremista, postaria um vídeo de SOU FODA com Avassaladores aqui, a música mais tocada da minha mente, hahaha. Mas bem, não vou avacalhar a brincadeira. Então, uma música que tenhou ouvido muito nos últimos dias, da Adele. Perfeição.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

25 songs, 25 days #4

Day 04: A song that calms you down.
Então, hoje é o dia de postar uma música que me acalma. Para alguém que é fã de folk como eu, essa tarefa não é muito fácil porque são muitas as músicas com esse poder de "calmante", mas como o folk fica entre a linha tênue do "calmo" e do "melancólico", vou optar por algo nacional, que me acalma sem deixar traços de melancolia. É música boa, daquelas de cantar sereno e com sorriso nos lábios. Com vocês, Tiê cantando Chá Verde, sutileza comovente:

sábado, 26 de fevereiro de 2011

25 songs, 25 days #3

Day 03: A song that reminds you of one/both of your parents.

Então, uma música que lembre os meus pais nãio é tarefa muito fácil. Eu cresci ouvindo muita música e músicas diversas demais, tanto em casa quanto em restaurantes/bares/serestas/churrascarias. Sempre lembro d'eu, meu pai, mãe e irmã em algum lugar tomando guaraná Brahma e ouvindo músicas que naquela época já eram antigas, hoje em dia então, haha. Eu achava tudo muito brega e meio chato, mas gostava de sair de casa. Hoje eu gosto e sei cantar a maioria dessas músicas.

Tinha uma cantina mineira num bairro da cidade onde íamos com certa frequência e lá tocava um dupla caipira que eram os preferidos do meu pai, uma música que ele SEMPRE pedia era A Professorinha. Isso é até piada em família e é impossível não lembrar do meu pai ouvindo esses versos.



Uma música que lembre minha mãe não é assim tão fácil. Mamãe tinha todos os LP's do Roberto Carlos, então todas as músicas dele me lembram ela. Mas bem, a primeira lembrança que tenho ligando minha mãe a alguma música, é minha mãe fazendo os afazeres de casa ou mesmo ao meu lado cantando
"Mãezinha do Céu
eu não sei rezar
eu só sei dizer quero te amar.
Azul é seu manto
branco é seu véu
Mãezinha eu quero te ver lá no céu..."

Essa talvez seja a primeira música que aprendi a cantar, antes mesmo de saber falar direito. Maaaaas, como não há nenhuma versão legal de Mãezinha do Céu pelo Youtube... uma música que lembra MUITO minha mãe também é Mar de Rosas, do The Fevers, grupo que ela adora e que eu já vi até show com ela, assim como de outros grupos da Jovem Guarda. Sei cantar todas, não me julguem, haha.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

25 songs, 25 days #2

Day 02: A song that reminds you of your most recent ex-girlfriend

Então, lembrar caso antigo quase nunca é legal, né? Mas vá, não há más lembranças dessa vez... Se é pra lembrar, que lembremos do começo quando tudo são flores. E a música é de uma banda da cidade que eu amo e já vi infinitas vezes ao vivo, cantando junto Tudo Bem a plenos pulmões. haha A música fala de encontrar, de estar bem e em paz na sua busca que se tornou encontro. Então, apresentando Madame Zero ao blog:

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

25 songs, 25 days

Esse é mais um meme da internet. Brincadeira que nasceu lá no Tumblr e as meninas do Song 2 resolveram levar pro blog. Eu vi, achei bacana e resolvi me ~inspirar~ nelas, rs. É simples: todo dia, a partir de hoje, postarei uma música temática seguindo a tabela.

O primeiro dia é para postar uma música que tenha marcado a infância, o que pra mim é difícil, visto que eu não tinha gosto próprio e ouvia o que tocava na minha casa. Isso me abre um leque que vai de Gal Costa a Pena Branca & Xavantinho, hahaha. Sem falar que eu não sei exatamente até quando eu fui criança. Mas bem, se tem uma música que me lembra a infância, é essa aí embaixo, que até cantei na escola quando estava na terceira série(não riam).

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O homem que amava caixas



Teatro OI Futuro Ipanema, sábados e domingos às 16h00 até 29 de maio, ingresso R$10,00
Adaptação para teatro infanto-juvenil do livro “The man Who loved boxes” , do escritor australiano Sthephen Michael King.
Dois atores, uma atriz. O pai, o filho, o cachorro e dois vendedores. Uma história curta, mas repleta de sentimentalismo, significados e mensagens que na realidade a maior parte do público infantil não vai compreender. As crianças vão gostar dos bonecos, do cachorrinho sapeca, das canções. Os adultos irão levar pra casa toda a sensação de abismo entre pai e filho.
O cenário é composto por caixas , grandes e pequenas, portas e escadas. Primeiro e segundo plano dentro de caixas. Creio que por a peça se basear em uma história curta, tentam “esticá-la” logo no começo, o que torna o início um pouco cansativo. Quando a história toma um ritmo natural tudo flui com leveza, com as pausas certas. A história termina assim, leve com o céu estrelado e braços trançados.

Recomendo!

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Wilco will love you, baby!



Sabe preconceito? Então, era isso que eu tinha contra o Wilco. Eu tenho muito preconceito com banda, filme, música, livro. E sempre achei que Wilco era coisa de indiezinho pedante. Ouvi o nome uma vez e falei “credo, nunca vou ouvir isso”. Paguei a língua. Em 2009 uma amiga começou a me obrigar a ouvir. Colocava o cd quando eu tava na casa dela e não tirava diante de nenhum protesto, me mandava uma ou outra música pelo msn, falava o tempo inteiro sobre a genialidade deles... até que eu resolvi ceder. Ouvi uma vez a primeira música que ela me mandou, “Can’t stand it”, e não gostei. Depois de muita insistência, cedi de novo e ouvi “Hate it here”. E aí não teve como resistir, porque a música é de uma tristeza contagiante. Mas eu sou dura na queda, então fiquei só com essa por um tempo. Até que uns meses depois resolvi baixar mais algumas, e selecionei umas aleatórias no 4shared, junto com um cd inteiro, o Yankee hotel foxtrot. O resultado disso foi um processo que terminou semana retrasada, quando baixei o único cd deles que eu não tinha ainda (um com gravações de covers ao vivo, porque deles mesmo eu já tinha tudo).

Acho que o Wilco nunca foi muito popular, na verdade. Conquistou alguns fãs com seu primeiro cd, A.M. (culpado pela tag “alt-country” que acompanha a banda no Last.fm), e com o segundo, duplo, chamado Being there. O terceiro álbum, Summerteeth (que é uma coisa linda de deus), já chegou a chamar alguma atenção além da crítica – que já estava de olho na banda, colocou o cd algumas vezes entre os melhores álbuns de 1999 e passou a considerar o Wilco como um dos grandes nomes da música americana contemporânea – e se tornou um dos mais cultuados pelos fãs.

Yankee hotel foxtrot, quarto álbum da banda e grande “culpado” pela maior parte dos fãs atuais, é também considerado o melhor disco deles – alguns chamam de Ok computer da música americana. Conta com preciosidades como “Radio cure”, “Ashes of american flags”, “Poor places” e “I am trying to break your heart”, além dessa absoluta perfeição chamada “Jesus, etc”.


you were right about the stars / each one is a setting sun


Esse foi o único disco da banda que causou grande alarde. O próximo, A ghost is born, foi bem recebido, mas sem tanto festejo quanto o anterior. Depois veio Sky blue sky (particularmente o meu preferido), o disco mais melancólico da banda. Além de “Hate it here”, já citada, acho digna de nota a faixa-título e outras, como “Leave me (like you found me)”, “Impossible Germany” e “Walken”. No início de “What light”, é legal notar a semelhança entre a voz de Jeff Tweedy e a de Bob Dylan. (Jeff Tweedy, aliás, participou da trilha do filme “Não estou lá”, sobre Bob, cantando a música “Simple twist of fate”, umas das coisas mais lindas que já ouvi).

Em 2009 foi lançado o álbum mais pop do Wilco, chamado Wilco (The album). Não estou desmerecendo. O disco é ótimo e, apesar de realmente parecer mais “diluído”, continua mostrando a qualidade da banda. A música “I’ll fight” está aí pra provar:


you wait with the star from a dream / and know that I'm gone /
you feel it in your heart / and not for very long


A conclusão de quem ler esse texto é óbvia: aquela minha amiga, quando me obrigou a ouvir Wilco, criou um monstro. E como a missão do verdadeiro fã é propagar a obra do seu ídolo, espero que ao terminar de ler você baixe pelo menos um cd. Já é um bom começo. Daí pra paixão é um pulo, e eu sou a prova viva disso.

no loves as random as my love / I can't stand it

Links para download: [Sky blue sky] - [Wilco (the album)] - [Summerteeth] - [Yankee hotel foxtrot] - [Being there] - [A ghost is born] - [A.M.] - [Kicking television (ao vivo): cd 1 | cd 2]
Você também pode ouvir as músicas no site oficial da banda.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Pecar com Marcia Castro é mais gostoso


Justifico minha intromissão alegando que estou aqui para partilhar essa delícia que é Marcia. Grande foi minha surpresa ao descobrir que nascemos no mesmo dia! Desde então peço que isso me influencie de algum jeito. Osmose de sucesso dentro do signo, talvez? Indo ao que importa...

Com carreira em ascendência, essa baiana já participou de vários projetos que vão desde regravações de grandes nomes da MPB até marcar presença em festivais aqui e "lá fora". No currículo estão as aberturas dos shows de Céu e Marina Lima. Já dividiu palco com muitas figuras populares do calibre de Mariana Aydar, Zeca Baleiro, Silvia Machete, Luis Melodia e Maria Gadú. Inclusive foi escolhida por Mercedes Sosa para participar de sua última turnê internacional. Coisa pouca? De jeito nenhum!

Pecadinho, seu primeiro disco, nasceu em 2007 e oscila entre sensualidade, bom-humor, dor e desejo. É leve, gostoso de ouvir: criativo e bem arranjado.
O carro abre-alas, que deu nome ao álbum, é quase um hino do que vem pela frente. Pecadinho é um frevo nervosinho, insistente e desesperado. Quer porque quer nos arrastar para a folia. Afinal, os pecados adquiridos a gente paga no decorrer do ano...
Nega Neguinha e Queda são transbordantes de intensa vontade. Tentação que quase vira tortura dentro da letra. Bem o tipo da coisa pode-não-pode / vai-não-vai.
Em Nome de Deus, de longe uma das minhas preferidas, já foi regravada por Chico César e, de fato, é o hino de obsessão. Marcia veste uma melodia nova e, de quebra, ainda aplica uma citação belíssima que lhe caiu como luva tanto na voz quanto no contexto da canção. A isso eu chamo inteligência.
Outro xodó é Barraqueira, engraçadinha e pecadora que só ela... Com a Rainha do Egito é tudo muito simples, direto, e sem frescura. Futebol Para Principiantes e a libidinosíssima Tua Boca são outras imperdiveis.

A cada trabalho, Marcia Castro mostra a que veio.Quem sabe até apareça coisa nova por aí... Só nos resta esperar e comungar da musicalidade dessa ótima artista.
Bom apetite.

"... eu vou nos anéis de saturno buscar por você."

Tenha Pecadinho com você clicando aqui.
Por hora, o site da cantora está em reforma. Felizmente, Marcia também está no myspace e youtube.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Odó-Ìyá!

Dia 2de fevereiro, dia importante para o país inteiro, dia em que é comemorado nos candomblés como o de Iemanjá, sereia dona do mar. Dandalunda, Janaína, Princesa de Aiocá, Inaê, Sereia, Mucunã, Maria, Dona Iemanjá: em todas as suas denominações, em todos os dias do ano, salve a Mãe de todos os orixás.

Para começar, Bethânia, que dispensa apresentações, impecável

Fabiana Cozza, excelente cantora, voz abençoada e marcante saudando e cantando para Iemanjá

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Bunitu

Olá pessoas, sou o Ruan e estou aqui para fingir que entendo um pouco de cinema e fingir que sei fazer resenhas sobre filmes. Ahh e peço encarecidamente que finjam gostar da resenha... Sim isso foi uma pífia tentativa de fazer uma introdução engraçada.

O filme que vou comentar é o novo desse “belo” da foto, o Javier Bardem (Onde os Fracos Não Têm Vez e Vicky Cristina Barcelona), a Diana até falou um pouco sobre ele, dirigido pelo Iñárritu (21 Gramas e Babel). Sabia que poderia esperar algo bom e diferente do normal com essa dupla e é exatamente isso que o Biutiful é, posso ainda acrescentar que consegue ser surpreendente até o fim.

O conceito do filme é simples: histórias entrelaçadas de um mesmo personagem (Algo diferente do que o Iñárritu tinha feito em seus outros filmes, ponto pro Biutiful) com o único objetivo de lhe mostrar o mundo desconfortável em que vivemos (É, isso se repete de seus outros filmes, mas o Iñárritu sabe fazer isso muito bem).

O que faz essa película não ser inesquecível, a única coisa que me faz não ter o filme como favorito, a única coisa que me faz fazer uma careta, que nem a do Javier ,quando falo sobre ele é o roteiro. São muitas histórias, parece que juntaram dois ou três filmes e se esqueceram de terminá-los. Não precisava ser tão grande, estraga um pouco a magia da história principal.

O drama dele de está perto da morte, a esposa bipolar, o tráfico e os imigrantes até vão, mas para que ele precisava ser um Médium?! Não era nem o trabalho dele, acrescentou muito pouco a história. Faltou aquele editor que é capeta de todos os roteiristas para cortar esse exagero. E isso, exatamente isso, faz você se cansar de tudo aquilo, o que era pra ser um soco no estomago, quando termina, já parou de doer, lhe dá tempo de se recuperar antes do soco final.

O melhor do filme é a forma que fazem nós olharmos o mundo como o personagem do Javier Bardem o ver, ótimo trabalho de Direção e de Fotografia. Os diálogos, os relacionamentos e cenários são pesados e carregados de tal forma, te deixam envolvido com a história. Quando o Ubxal não consegue respirar, você prende o ar com ele. Você está ali sofrendo com a dor dele e sentindo o fedor de como fica o quarto dos Chineses.

As atuações são impecáveis e o elenco foi muito bem escolhido, os filhos do casal são iguais os atores, se eles tivessem filhos, seriam exatamente daquele jeito, fiquei maravilhado com esse detalhe. O Javier faz exatamente o que o consagrou no “Onde os Fracos não Tem Vez”, ele usa o poder de suas expressões para dá o tom do filme, uma ótima atuação. A Ex-esposa dele consegue magistralmente que em menos de 1 minuto sintamos pena e raiva dela. O Elenco inteiro trabalha formidavelmente.

Para finalizar, o motivo do nome do filme é um detalhe tão delicado, belo e triste que sintetiza a história de uma forma que não esperava.