O Blog:

Não importa se fútil ou cult, aqui tem o que agrada, desperta curiosidade, riso e coisas assim. Sem rótulo e sem pudor, seja fult com a gente!

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Nicholas Gunty


Entro no meu twitter e percebo a presença de um novo follower. Nicholas Gunty. Minha primeira reação, claro, foi me perguntar “quem é esse ser?”. Abri seu perfil e li sua biografia, que traduzi livremente, “Músico indie folk de South Bend, Indiana, influenciado por Fleet Foxes, Iron & Wine, Paul Simon, Andrew Bird e Good Old War”.

Quando li isso não pude deixar de ouvir, até porque das seis bandas/artistas citados cinco são bandas/artistas que gosto muito, e isso porque nunca cheguei a ouvir Good Old War. Entrei na página do MySpace dele e pus-me a ouvir.

A música é caracterizada como o típico folk americano, voz e violão, com eventuais entradas de violinos, pianos e bandolins. Porém o que chama bastante atenção é a voz suave e agradável com a qual canta, lembrando algumas vezes Joshua Radin, mas ainda mantendo sua identidade.

Possui apenas um álbum, homônimo, gravado, produzido e editado por ele mesmo. O álbum possui doze maravilhosas músicas, maioria disponíveis para serem ouvidas em seu MySpace e outras apenas disponíveis para compra no iTunes.

Como todo bom folk, tem tom um tanto triste, solitário, lembrando interiores remotos e campos vastos, algo para se ouvir em momentos específicos para não correr o risco de não entender sua genialidade. Bem, mas mesmo fora destes momentos ainda é uma ótima lista de reprodução.

A dor e a ternura

O vídeo abaixo é uma preciosidade comovente. Dor e ternura na voz e na imagem de Dona Canô, essa mulher abençoada que deu vida a Maria Bethânia. ( E a Caetano também, mas especialmente a Bê, tá!? haha) Brincadeiras a parte, assistam porque vale a pena.

sábado, 25 de dezembro de 2010

Letuce



Duas vozes, um casal. Sempre comparados á Rita Lee e Roberto Carvalho em toda a sua doçura excêntrica. Versão de Caso Sério em Francês, em Ballet da Centopéia cita verso de Cabecinha no Ombro (1958), um clássico sertanejo de autoria de Paulo Borges. Voz mansa, por vezes sonolenta como seus próprios olhos, Letícia Novas conduz as canções. Lucas Vasconcellos aparece de forma sutil no som, voz tímida, mas em Potência se faz mais presente. Clipes e capa caseiros, piscinas, girafas, dois, sempre dois, praia, areia, sol. Um ar meio bossa nova, jazz e algo bem caseiro, fim de tarde com cor de flamboyan. Amor, eles cantam sobre o amor, deles, dos outros, do agora e do amanhã. Sim, vale a pena.



http://www.myspace.com/letuceletuce
http://twitter.com/letuceletuce
http://www.lastfm.com.br/music/Letuce

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Achados os perdidos – Parte II

No masculino da música brasileira, como já disse aqui no Varal, Vinicius Calderoni foi meu grande achado de 2010. Compositor e cantor moderno, de musicalidade contagiante, antenado em nas diferentes linguagens, enfim, um cara que realmente merece atenção e está na ponta do movimento musical contemporâneo.

Pois bem, hoje venho apresentar meu grande achado no lado feminino da música: Áurea Martins. A intérprete contrapõe quase que totalmente ao Calderoni: ela é clássica, daquelas tipicamente clássicas. Excelente e intensa, mas também obscura, melancólica e rasgante. Penso no tempo que perdi por não conhecê-la antes


Hoje com 70 anos e mais de 50 de carreira, ainda circula pelo circuito undergound de bares e clubes do Rio de Janeiro, sua cidade natal. Seu álbum Até Sangrar, de 2008, faz jus ao nome que tem. A cantora dá às composições de Lupcínio Rodrigues o peso certeiro que deve ter, e até uma composição sutil de Herbert Vianna e Paula Toller (Nada Por Mim) ganha peso e intensidade na sua voz marcante. É uma grande viagem ao tempo. Não chega a ser um álbum de fossa, mas certamente é algo para se ouvir sozinho em alguma noite qualquer. Embriagando-se de álcool ou de mágoa.

Esse álbum necessário você encontra AQUI.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Dedo de prosa



Bem, como todos sabem, eu e o Darlan (mais conhecido como Darlanhouse pelo twitter) somos os fundadores do Varal Fult. Foram muitas matérias, entrevistas, vídeos, novidades e raridades. Resolvemos que pra dar uma melhorada no nosso espaço vamos convidar outras pessoas para fazer um post-teste. Isso consiste em um post comum, nos moldes de texto+vídeo+imagem+link's+algumacoisaqueoautorqueira. Bem, depois de todos os convidados postarem vamos fazer uma pequena votação com direito a coquetel e tudo mais. Aí, teremos o novo integrante desse humilde espaço. Em breve vem post-teste aí, fiquem de olho.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Luísa Maita

A primeira vez que a vi foi por acaso em algum vídeo do Youtube cantando com a Mariana Aydar. O vídeo não era de muita qualidade, então assisti aquele dueto sem muito crédito, sem saber bem quem era ali ao lado da Mariana cantando uma das minhas músicas preferidas, Beleza. Pois sim, era Luísa Maita, compositora de Beleza, gravada pela Mariana.

Tempo passou e acabei acabei esquecendo do dueto, mas ainda bem que via Twitter alguém chegou para me perguntar se eu conhecia Luísa Maita. O nome já não me era estranho, fui pesquisar e daí me vieram dois sentimentos: arrependimento e surpresa. O primeiro por não ter prestado atenção nessa moça antes, o segundo porque ela é ótima!

Levando em conta que está no seu primeiro trabalho solo, o álbum Lero-Lero (2010), pode-se dizer que é impecável. Quase todo autoral, traz músicas leves, independente de serem mais serenas ou agitadas, todas as melodias são muito agradáveis e as letras a gente canta com um sorrisinho bom. Sem definir estilo musical pra isso e praquilo, Luísa Maita faz um som que o mais apropriado é chamar de "delicioso".

Tracklist:
1. Lero-Lero (Luísa Maita) | 4’43”
2. Alento (Luísa Maita) | 3’54”
3. Aí vem ele… (Luísa Maita) | 4’13”
4. Desencabulada (Luis Felipe Gama e Rodrigo Campos) | 3’01”
5. Fulaninha (Luísa Maita) | 3’36”
7. Maria e Moleque (Rodrigo Campos) | 4’43”
8. Anunciou (Luísa Maita) | 3’15”
9. Um vento bom (Luísa Maita)| 3’49”
10. Alívio (Luísa Maita) | 3’31”
11. Amor e Paz (Luísa Maita) | 2’44”

Todas ótimas, mas eu destaco especialmente Alento, Desencabulada e Fulaninha. Disponível AQUI.

Outros Links:
- Site Oficial
- Myspace
- LastFM

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Rock + RAP = Samba!


O que acontece quando se juntam duas coisas que você não gosta num mesmo trabalho? As expectativas são as piores, pelo óbvio. Mas não, eu estava errado. Nunca gostei de Bezerra da Silva, nunca gostei de Marcelo D2.

Contudo, nos últimos anos venho percebendo a transição de D2 para o mundo do samba, deixando para trás os trejeitos que não me agradavam na sua época à frente Planet Hemp. Depois de passar entre o rock e o RAP, as mudanças no artista aconteceram de maneira bastante sutil e natural, como deve ser. Não temos um sambista fabricado por interesse mercadológico, é uma musicalidade que flui de modo muito agradável.

Para coroar essa nova identidade artística que se constituiu, Marcelo D2 lançou recentemente um CD com canções do repertório de Bezerra da Silva. O resultado é sensacional! A qualidade musical do trabalho chama atenção, mérito do D2 e especialmente do produtor e percursionista Leandro Sapucahy, que sempre apresenta trabalhos de qualidade impecável, como o Samba Meu, de Maria Rita.

O álbum conta com 14 faixas que mesclam crítica social, ironia e diversão. É um CD leve, daqueles pra levantar o astral tocando no churrasco de domingo, ainda que tenha requinte nos arranjos. O destaque do álbum vai para a música A Semente. Vale a pena ouvir não só essa, mas todo o álbum. Vida longa ao Marcelo D2 sambista!

Músicas:

01- Se não fosse o samba
02- Partideiro sem nó na garganta
03- A semente
04- A necessidade
05- Bicho feroz
06- Quem usa antena é televisão
07- Meu bom juiz
08- Malandro rife
09- Pega eu
10- Malandragem dá um tempo
11- Minha sogra parece sapatão
12- Na aba
13- Saudação às favelas
14- Pai véio

Disponível AQUI ou AQUI.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Cisne Negro (2010)

Nina é bailarina de uma companhia de balé de Nova York. Sua vida, como a de todos nessa profissão, é inteiramente consumida pela dança. Ela mora com a mãe, Erica, bailarina aposentada que incentiva a ambição profissional da filha. O diretor artístico da companhia, Thomas Leroy, decide substituir a primeira bailarina, Beth MacIntyre, na apresentação de abertura da temporada, O Lago dos Cisnes, e Nina é sua primeira escolha. Mas surge uma concorrente: a nova bailarina, Lily, que deixa Leroy impressionado.

O Lago dos Cisnes requer uma bailarina capaz de interpretar tanto o Cisne Branco com inocência e graça, quanto o Cisne Negro, que representa malícia e sensualidade.

Nina se encaixa perfeitamente no papel do Cisne Branco, porém Lily é a própria personificação do Cisne Negro. As duas desenvolvem uma amizade conflituosa, repleta de rivalidade, e Nina começa a entrar em contato com seu lado mais sombrio, com uma inconsequência que ameaça destrui-la.

Fonte: Cinema10