Pois bem, hoje venho apresentar meu grande achado no lado feminino da música: Áurea Martins. A intérprete contrapõe quase que totalmente ao Calderoni: ela é clássica, daquelas tipicamente clássicas. Excelente e intensa, mas também obscura, melancólica e rasgante. Penso no tempo que perdi por não conhecê-la antes

Hoje com 70 anos e mais de 50 de carreira, ainda circula pelo circuito undergound de bares e clubes do Rio de Janeiro, sua cidade natal. Seu álbum Até Sangrar, de 2008, faz jus ao nome que tem. A cantora dá às composições de Lupcínio Rodrigues o peso certeiro que deve ter, e até uma composição sutil de Herbert Vianna e Paula Toller (Nada Por Mim) ganha peso e intensidade na sua voz marcante. É uma grande viagem ao tempo. Não chega a ser um álbum de fossa, mas certamente é algo para se ouvir sozinho em alguma noite qualquer. Embriagando-se de álcool ou de mágoa.
Esse álbum necessário você encontra AQUI.
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