Frango com ameixas retoma Marjane Satrapi e Vincent Paronnaud as telas de cinema (os mesmos idealizadores de Persépolis). Adaptação da HQ da própria Satrapi, vêm ganhando movimento no cinema. A história acontece em Teerã, no Irã, onde um renomado violonista decide morrer após sua esposa quebrar seu instrumento. Nos oito dias que antecedem sua morte diversos acontecimentos que esclarecem o rumo da história são mostrados.
Grandes cenas são marcadas pela fumaça dos cigarros em várias gerações. O nascimento, a morte, as decisões que marcam todas as ramificações das histórias são contadas de forma incrivelmente lúdica e tristonha. No desenrolar dos fatos tudo muda, os personagens e sua ideia quanto a eles próprios. Triste e totalmente arrebatador. Recomendo.
Desde que Alexandre Nero surgiu para o grande público, há alguns anos atrás numa novela global das 6 que eu já não lembro o nome, eu descobri o lado musical do ator. Mas a preguiça e a procrastinação me fizeram adiar conhecer o grande músico que o cara é. Recentemente, em uma entrevista para Marília Gabriela no GNT a minha curiosidade em conhecê-lo enquanto músico aumentou e enfim eu vi o quanto estava perdendo. O cara tem uma carreira musical muito lúcida e estruturada, e talento de verdade. Há uma semana descobri sua regravação de Não Aprendi Dizer Adeus, música da dupla Leandro e & Leonardo que eu ouvia em casa numa versão bem brega há muito tempo atrás. Não consigo mais parar de ouvir isso. É sensível, delicado, intenso e imperdível.
O ator acaba de lançar um CD sem grandes alardes e que pode ser encontrado em lojas e livrarias. Espero que a mídia deixe de preconceito com atores que também são cantores e valorizem esse lado tão talentoso de Alexandre Nero.