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sábado, 13 de março de 2010

Ken Park


Esse não é um filme belo, tampouco um filme primoroso. Contudo, ainda assim é altamente recomendável assisti-lo. Antes dos porquês, vamos à sinopse:

“A rotina de quatro adolescentes da cidade de Visalia, Califórnia. Shawn (James Bullard) é um skatista que transa com a namorada e com a mãe de sua namorada. Tate (James Ransone) gosta de se masturbar várias vezes seguidas e tem um cachorro de três pernas. Ele é criado pelos avós, que não respeitam a sua privacidade, o deixando furioso. Claude (Stephen Jasso) é agredido seguidamente pelo seu violento pai, um alcoólatra que o acusa de homossexualismo, e é consolado pela sua apática mãe grávida. Peaches (Tiffany Limos) anseia por liberdade, mas tem de cuidar de seu religioso pai, um cristão fundamentalista, que a espanca após vê-la transando. Embora conversem o tempo todo, cada um dos personagens não sabe dos problemas enfrentados pelos outros.”


O filme data do ano de 2002 e tem cenas de sexo explícito bem interessantes de se ver, embora às vezes pareçam apelativas. Aliás, sem as cenas de sexo talvez o espectador não conseguisse ver o filme até o fim. O roteiro não é dos mais elaborados e os diálogos que poderiam ser mais funcionais e até mesmo intensos, são apenas superficiais. A exmeplo disso podemos citar a trama paralela que retrata a difícil relação entre um jovem skatista e o seu pai alcoólatra, que o rejeita cruelmente, num claro conflito de gerações que envolve preconceito e intolerância. O motivo para assistir Ken Park está na crueza como tudo é retratado; os dramas da adolescência, os conflitos e as descobertas. O filme nos mostra como cada um tem sua tragédia particular, e como a falta de autoconhecimento pode interferir no modo como lidamos com o meio externo e conosco mesmo. É um filme bruto, sem lapidação alguma, singular no cinema norte-americano. Um filme de extremos. Vale a pena conferir!

Update: A diferença entre O Sonhadores e Ken Park é que o primeiro, trata com poesia a vida dos jovens, fala de sonhos e anseios típicos da juventude, as utopias; é um filme que mostra buscas impulsionadas por um sonho lírico. Já Ken Park, é duro, é realmente cru; os jovens do filme não se movem pelos sonhos, mas sim pelo incômodo que sentem, pelo drama de cada um.

2 comentários:

Diana disse...

Isso me lembrou Os sonhadores.

Anônimo disse...

Ken Park tb é bem didático, exatamente por ser cru. Fiz até resenha dele pra faculdade rs.
seguiindo..
;)