
No documentário, a professora e socióloga estadunidense Jane Elliot aplica um workshop para trabalhar sobre a discriminação racial inerente à sociedade norte-americana. Para tal, ela divide os participantes em dois grupos: um grupo com olhos claros e outro grupo de pessoas com olhos escuros. Todos conhecem as regras do “jogo”, porém sem saber muito bem o que estava por vir. Jane, com maestria admirável e invejável, conduz o exercício desconstruindo a ordem social vigente, onde brancos têm vantagens sobre os negros, levando-os para o outro lado da história, criando então um microcosmo para isso. Parece simples como criar um teatrinho de “faz de conta”. E é simples. Contudo, as reações são surpreendentes e também comoventes.
Durante o exercício realizado, quem participa e quem assiste são levados a pensar sobre todos os seus preconceitos, não apenas o preconceito racial tão bem camuflado no Brasil. É impossível descrever na íntegra as tantas feridas onde o documentário toca, e tamanha a intensidade com que tudo acontece. Poucos filmes me despertaram tantas emoções e reações, é verdadeiramente atordoante, emocionante e absolutamente imperdível. Não há como ficar indiferente após assisti-lo.
O vídeo está disponível no YouTube e está dividido em 12 partes. Pode ser trabalhoso, mas vale a pena. Abaixo, a primeira parte, e a partir desta facilmente encontrarão link para as demais:
Um comentário:
Não sou lá muito fã de documentários, mas esse realmente é muito, muito bom. Vale muito a pena, indispensável para mudanças de visão e compreensão com facilidade de certas coisas tão presentes na nossa vida.
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