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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Visceral

Quem ainda morre de amor, no sentido real da expressão? Sim, ainda morrem de amor. Alguns dias atrás, num sábado de alegria e cerveja, recebi pelo celular a notícia que Amy tinha morrido. Alguém que sabia que eu gostava realmente dela resolveu me avisar, ainda nem me liguei em quem fez isso, mas foi assim que fiquei sabendo. E naquele momento o sábado mudou, mudou o clima, em minha cabeça eu só conseguia ouvir Cássia Eller berrando “eu não posso causar maaaal nenhum a não ser a mim mesmo, a não ser a mim”.


Ouvi Back to Black infinitas vezes por canais de TV e bares, cantarolei Love Is A Losing Game baixinho sem nem mesmo perceber, enquanto levantavam hipóteses, faziam piadinhas e se lamentavam pela morte supostamente precoce de Amy Winehouse. Ela foi ao tempo dela, sem precocidade. Morreu ainda estando viva, imprevisível, verdadeira, crua.

Amy está na história da música sem fazer muito esforço, pois tinha talento. Deixa algumas músicas, uma história trágica e bonita, daquelas que hão de virar filme em Hollywood. Vítima do amor romântico, retrô, e nem na morte ela trai a si mesma. Vou guardar em mim essa saudade que não se explica e é até mesmo um tanto quanto ridícula, mas existe. Em meio a esse burburinho da morte, me perguntaram como eu podia gostar de alguém “que só fazia coisa errada”... Eu admiro quem me parece ser real, gente crua, de verdade.

2 comentários:

Perdigueira disse...

Desde a morte da Amy, ainda não tinha visto nenhuma notícia que valia à pena ler e sentir. Todos criticavam, falavam do modo abusivo dela ter vivido e falavam bem do estilo musical. Você foi além. Soube traduzir em palavras, pelo menos em partes, o que foi tudo aquilo. Nunca parei para analisar o legado que a Amy deixou, mas com esse post, acho que vou reservar algum tempo para isso. Afinal, todo cantor tem sua importância.

Frank disse...

Eu te mandei SMS avisando! rs

Apesar de saber que não me daria bem com a Amy pessoalmente, achava ela foda.