O Blog:

Não importa se fútil ou cult, aqui tem o que agrada, desperta curiosidade, riso e coisas assim. Sem rótulo e sem pudor, seja fult com a gente!

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Vows (2011)

Semana passada eu fiz um post aqui no blog sobre a neozelandeza Kimbra e postei algumas músicas avulsas dela, prometendo o CD em breve. A Luiza, menina boa que é, já achou o tão esperado CD e disponibilizo aqui agora. Eu ainda não ouvi, mas pelo que já foi apresentado, podemos esperar um álbum interessante e rico em referências e novas tendências. (Para obtê-lo, clique na imagem)
01. Settle Down 4:17
02. Cameo Lover 4:03
03. Two Way Street 4:29
04. Old Flame 4:27
05. Good Intent 3:32
06. Plain Gold Ring 4:03
07. Call Me 4:32
08. Limbo 3:52
09. Wandering Limbs 5:27
10. Withdraw 4:06
11. The Build Up 8:21

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Cícero

Simples como seu nome, Cícero encanta pelo seu lirismo moderno e urbano. E quando eu digo que encanta, não é hipérbole ou metáfora, encanta de verdade. Seus versos sempre muito bonitos são embalados por melodias contagiantes que deixam a gente com sorriso meio bobo. 

O cantor é ex-vocalista da banda carioca Alice, tem 25 anos e lançou em junho o ótimo álbum Canções de Apartamento. Além de cantor, Cícero é também DJ e produtor de algumas festas cariocas como a Yellow Submarine.
"... acerta a coisa certa a se fazer e diz que só queria descansar de quem a gente mesmo escolheu ser..."
Ouso dizer que é o melhor álbum de 2011, para também admirar o trabalho do cara é só clicar AQUI. Deleite-se.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Flavio Tris

Flavio Tris é nome novo sim, mas você ouve e nem percebe, porque Flavio traz algo de Luiz Gonzaga misturado com Miles Davis que é muito familiar, e nem por isso deixa de ser original. O timbre é forte e marcante, mas não assusta, tem aconchego nas letras cheia de lirismo.

O paulistano que é cantor, compositor e multi-instrumentista resgata na sua música os tempos das canções de protesto, mas longe de ter um engajamento vazio e piegas, é música que flui naturalmente, com felicidade e instigando o pensamento. Atemporal como todo artista de verdade, Flavio é um daqueles caras que rapidamente se tornam essenciais na nossa playlist.

Carreira
Flavio Tris estudou piano clássico e popular durante dez anos, assumiu a autodidática e passou a dedicar-se ao violão, ao sitar e ao harmonium. Integrou o coletivo musical Kailash (2000/2003) e o duo ShivaOxalá (2004/2006), em companhia do violeiro Ricardo Nash. Em novembro de 2007, compôs e executou em cena, em parceria com o cantor e compositor Leo Cavalcanti, a trilha sonora do espetáculo teatral “Histórias que Contam” (Centro de Cultura Judaica – SP), escrito e dirigido por Maurício Abud.

No início de 2009 integrou o projeto “12 exemplares”, da poetisa paulistana Júlia de Carvalho Hansen, tendo musicado quatorze poemas contidos em seu livro de estréia (“Cantos de Estima”, Selo de Estimas e Grama, 2009).

A partir do segundo semestre de 2009, após longos anos de gestação de seu trabalho autoral, Flavio Tris passa a se apresentar munido apenas de voz e violão. Em novembro de 2009, têm início suas apresentações em companhia da banda composta por Maurício Maas (acordeon, baixo e percuteria) e Tchelo Nunes (violino e baixo). Desde então, apresenta-se em diversos pontos da capital paulistana e já foi se apresentar até em Portugal. No início de 2011, lança de forma independente seu primeiro EP, disponível logo ali embaixo, produzido em conjunto com Mauricio Maas e Tchelo Nunes.
01. Sereia da Noite
02. Prá Ver a Voz
03. Alento Noturno
04. Asa de São João
05. Brisa Boa, Vento Leste

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Kimbra


Feche os olhos e ouça com calma. Com uma voz que desmente a sua idade, vinte anos, Kimbra encanta seu público inspirada por grandes nomes do jazz, como Nina Simone, ao mesmo tempo, trazendo influências contemporâneas como Björk e Camille. Quem me apresentou a ela foi o Murilo, que já contribuiu com o Varal outras vezes.




Em seu primeiro single, Settle Down, a cantora australiana já impressionou, seja pela beleza do rosto, da voz, do clipe ou de tudo isso junto. Sua voz é capaz de modulações interessantes, gerando um ritmo muito particular e contagiante. Em alguns momentos me lembra Regina Spektor, mas Kimbra apresenta singularidades também, é uma camaleoa, às vezes com pegada de funk, outras de jazz, mas sempre bem próxima do pop. Sem mesmice, Kimbra promete muita coisa ainda. Abaixo, algumas músicas avulsas e AQUI uma compilação com algumas outras.
Kimbra - Settle Down

Kimbra - Settle Down (Penguin Prison Remix)

Kimbra - Good Intent

Kimbra - Plain Gold Ring

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Nova do Thiago Pethit

Thiago Pethit acaba de lançar uma nova música, é em inglês e muito gostosinha. O folk tá ficando pra trás e se aproxima o pop, mas com muita qualidade. Vale a pena, é realmente boa!


segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Núria Mallena

Nascida no Sertão de Pernambuco, Núria Mallena começou à tocar violão aos 10 anos. Junto com sua irmã, Pollyana, faziam shows e participavam de festivais pelo interior do estado. As composições e também arranjos, foram talentos moldados durante sua trajetória. Ainda na adolescência, em Recife, formou uma banda chamada “Dona Flor”, que, na época, tocava rock/pop.

Da sua paixão pela MPB nasceu seu primeiro CD, totalmente independente, chamado: “Dados”. Saiu em turnê, chegando a fazer shows, no interior de Pernambuco, para um público estimado em 20 mil pessoas.

Em sua primeira visita ao Rio de Janeiro tocou no Café Palácio e na Far Up, em 2005 retornou ao Rio, dessa vez para morar. Desde então vem se apresentando e mostrando seu trabalho no cenário carioca. Além das casas que havia se apresentado, tocou também no “Armazén Enseada”, “Madame Vidal”, “Sobrado Cultural”, fez uma temporada na Lagoa Rodrigo de Freitas e outra no “Espírito das Artes”, na Cobal de Humaitá, junto com a revista “Star Palco”.

Com um repertório que passeia com bastante segurança por nomes consagrados como Chico Buarque, Marisa Monte, Adriana Calcanhoto, Chico César, Alceu Valença, Cássia Eller, Nando Reis e outros. Sem deixar de lado suas composições e mostrar uma mpb/rock de qualidade e estilo inconfundíveis.

Eu descobri essa moça assitindo a novela Cordel Encantado, da Rede Globo, onde participa com a música apaixonante Quando Assim e embala o casal Augusto e Maria Cesária. Ela tem um timbre muito gostoso, que vale a pena ouvir e se deliciar. Na sua página do LastFM estão disponíveis algumas faixas, é só clicar. Tem o MySpace também onde dá pra ouvi-la.


segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Visceral

Quem ainda morre de amor, no sentido real da expressão? Sim, ainda morrem de amor. Alguns dias atrás, num sábado de alegria e cerveja, recebi pelo celular a notícia que Amy tinha morrido. Alguém que sabia que eu gostava realmente dela resolveu me avisar, ainda nem me liguei em quem fez isso, mas foi assim que fiquei sabendo. E naquele momento o sábado mudou, mudou o clima, em minha cabeça eu só conseguia ouvir Cássia Eller berrando “eu não posso causar maaaal nenhum a não ser a mim mesmo, a não ser a mim”.


Ouvi Back to Black infinitas vezes por canais de TV e bares, cantarolei Love Is A Losing Game baixinho sem nem mesmo perceber, enquanto levantavam hipóteses, faziam piadinhas e se lamentavam pela morte supostamente precoce de Amy Winehouse. Ela foi ao tempo dela, sem precocidade. Morreu ainda estando viva, imprevisível, verdadeira, crua.

Amy está na história da música sem fazer muito esforço, pois tinha talento. Deixa algumas músicas, uma história trágica e bonita, daquelas que hão de virar filme em Hollywood. Vítima do amor romântico, retrô, e nem na morte ela trai a si mesma. Vou guardar em mim essa saudade que não se explica e é até mesmo um tanto quanto ridícula, mas existe. Em meio a esse burburinho da morte, me perguntaram como eu podia gostar de alguém “que só fazia coisa errada”... Eu admiro quem me parece ser real, gente crua, de verdade.