O Blog:

Não importa se fútil ou cult, aqui tem o que agrada, desperta curiosidade, riso e coisas assim. Sem rótulo e sem pudor, seja fult com a gente!

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Trovoada

Eu estou arrepiado o dia todo. Nesse 29 de dezembro Cássia Eller é lembrada pelos dez anos de sua morte. Eu ainda tenho uma lembrança bem clara de estar em casa com a TV ligada quando Fátima Bernardes anunciou sua morte no Jornal Nacional. Sem exageros e nem sentimentos vazios, eu senti a morte de Cássia como se fosse alguém do meu convívio íntimo. 
Eu não sou tão velho, mas lá pelos meus 11 anos, a Internet ainda não era popular como é hoje em dia, daí que uma série de coisas muito fáceis de se conseguir nos tempos de hoje, era uma luta para se ter. Isso explica o fato de eu ter uma pasta com letras de músicas, fotos e recortes sobre Cássia Eller. Brega, eu sei, mas eu sempre fui fã dela. 

Cresci idolatrando Legião e Nirvana, mas por motivos óbvios nunca pude ver um show de nenhuma dessas bandas. Minha história com Cássia é diferente porque além de tê-la como ídolo, eu pude viver em tempo real toda a febre que um fã tem direito. Isso vai de esperar ansiosamente por um novo disco até brigar com os pais para ir ao show.

A força e a luz dos olhos de Cássia Eller sempre me atingiram de forma muito comovente. Foi com Cássia que eu aprendi a reparar em sorrisos, a gostar tanto de sorrisos e ler alguém por inteiro através de um sorriso. Não há outro sorriso como o de Cássia. Tampouco voz e energia como a dela. Invocada, atrevida, tímida, explosiva, contida, inquieta, calma. Eu amo Cássia Eller. Salve!

PS: Cássia Eller é mais que o Acústico MTV. Bem mais que Malandragem e sua irreverência não se resume em levantar a camiseta e mostrar os peitos. 




quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Cine 2011

Três filmes que marcaram 2011 cinematograficamente:

Tudo pelo poder



Com direção, roteiro e atuação de George Clooney, Tudo pelo poder já entraria pra história do cinema somente por esse fato. Mas, o drama vai além das expectativas, poderia até cair na mesmice pelo tema ou até mesmo hipocrisia, contudo prende o espectador do início ao fim. Excelente roteiro, com boas atuações, com a duração correta, ápice e desfecho com maestria. As suaves comparações com os governos americanos dá todo um ar humano e errante a narração. Ryan Gosling merece destaque. E ponto positivo para a capa principal do filme que ficou fantástica.

Amores Imaginários



Direção, roteiro e atuaçãode Xavier Dolan (o mesmo de Eu matei a minha mãe). Nesse filme Dolan acerta na direção, nas cores, nos enquadros de cena, na trilha sonora, no figurino, mas o roteiro em si é extramente pobre. A trama só prossegue pela direação, o enredo é parco, aguado, decepcionante até. A beleza de Niels Schneider dá todo um toque romântico as cenas, o alaranjado na camisa, o cabelo dourado. Enfim, poderia ter sido um ótimo filme, mas deixou a desejar.

A pele que habito



Grandes expectativas dos fãs de Almodóvar, talvez repreensivos por ser um filme que tem uma atmosfera de mistério, suspense. Um grande e inovador filme. Surpreendente como somente Almodóvar sabe ser. Roteiro inusitado, atuações primorosas, desfechos que beiram a loucura, a adoração e a paixão. Encantador de uma forma totalmente humana, pecadora e errante. No desenrolar da história se criam mentalmente várias respostas e todas elas se mostram falhas próxima ao fim. É um filme pra se digerir durante uns dias.

Maria Gadú em Mais Uma Página

Passado o furor do seu primeiro trabalho e toda aquela perigosa superexposição, além da parceria com Caetano Veloso, Maria Gadú chega com seu segundo CD para confirmar a promessa de ser um novo grande nome na MPB ou decepcionar, como todos outros nomes sazonais. 

Confesso que temi alguma descaracterização da artista devido sua parceria com a Som Livre/Rede Globo, mas é com felicidade que ouço o CD e constato que é ainda aquela Maria Gadú talentosa surgida há pouco tempo. Em 14 faixas, incluindo regravações/composições em inglês e espanhol, Gadú está de volta para comprovar seu talento como compositora e intérprete. 

O álbum não é óbvio como seu título e apresenta boas surpresas, caminha por diferentes ritmos e nuances. Destaque "Axé A Capella" que tem uma sonoridade muito gostosa, com Gadú explorando sua extensão vocal e outros ritmos. Destaque também para "Quem?", faixa que conta com a participação de Lenine.

Preciso ouvir mais vezes para digerir bem a coisa e poder opinar detalhadamente, mas o que posso afirmar com certeza é que é um bom e autêntico CD de uma grande nome da música nacional. Eu que sou amante de música nacional, achei o álbum exageradamente poliglota, mas talvez isso seja estratégia para uma carreira internacional. No fim das contas, isso não afeta a qualidade do álbum e vale a pena!

Mais Uma Página (2011)
01. No Pé Do Vento
02- Anjo de Guarda Noturno
03- Taregué
04- Estranho Natural
05- Like a Rose
06- Oração ao Tempo
07- Quem? ( part. esp.: Lenine)
08- Axé Acappella
09- Reis
10- Linha Tênue
11- Extranjero
12- A Valsa (Part. Esp.: Marco Rodrigues)
13- Long Long time
14- Amor de Índio

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Vôos de Kavita

Tenho ficado muito feliz com as recentes aparições de Mariana Aydar na mídia. Seu mais recente álbum, Cavaleiro Selvagem Aqui Te Sigo, me parece o mais amplamente divulgado até agora. Foram inúmeras as aparições em programas de TV, entrevistas e apresentações nesses últimos meses. A mais recente delas foi nos estúdios da revista Rolling Stone Brasil, com direito a entrevista e apresentação ao vivo. Aí está um vídeo da ótima Os Passionais, uma das faixas do seu mais recente álbum.


sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Ana Carolina e Problemas

Recentemente uma música de Ana Carolina entrou para a trilha sonora da novela (chata pra carai, por sinal) Fina Estampa. Como tem se tornado hábito da Ana, a música é bem fácil e se repete, mas em comparação aos últimos trabalhos lançados pela artista, a música não é ruim. É romântica e brega, imagino o Leonardo cantando algo assim. Pelo que me parece, Ana Carolina perdeu o gosto pelo som mais elaborado e arranjos complexos, como vimos no excelente álbum Estampado. Então, aí está, Problemas:


sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Madame Zero

Pensando um pouco nas bandas que já assisti ao vivo, certamente é Madame Zero a que mais vezes eu vi ao vivo. E sem enjoar, o carisma de Camilla Nobre, vocalista da banda, é contagiante e irresistível. Recentemente a  banda lançou o seu segundo clipe, Por Muito Tempo, vale a pena conferir esse pop rock de qualidade tão escasso atualmente.



quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Recanto da Gal

Não é de hoje que eu espero por esse CD. Por muito tempo eu andei de nariz torcido pra Gal Costa, ela parecia indiferente a  ela mesma, enquanto artista, enquanto cantora. Deu umas entrevistas desgostosas e eu via Gal mais como uma personagem morta há anos, muito diferente de seus contemporâneos, como Maria Bethânia, Caetano Veloso e Ney Matogrosso. Mas chegou um dia, e já faz tempo, que vi Caetano falando que comporia e produziria um novo álbum de Gal. Apesar de emburradinho, claro que eu fiquei empolgado com a notícia e a ansiedade foi inevitável. Recanto enfim saiu e pelo que pude constar até agora, é puro deleite. Gal Costa ressuscitou da sua obsolescência. Clique AQUI para ouvir 5 faixas desse novo disco da cantora, com a visão moderna e antenada de Caetano.

Das 11 canções que compõem o álbum, nove são inéditas e duas ("Madre Deus" e "Mansidão") são regravações, todas de autoria de Caetano Veloso. O álbum é produzido por ele, Moreno Veloso e Kassin.

Recanto (2011)
1 - "Recanto Escuro"
2 - "Cara do Mundo"
3 - "Autotune Auterótico"
4 - "Tudo Dói"
5 - "Neguinho"
6 - "O Menino"
7 - "Madre Deus"
8 - "Mansidão"
9 - "Sexo e Dinheiro"
10 - "Miame Maculele"
11 - "Segunda"