Eu estou arrepiado o dia todo. Nesse 29 de dezembro Cássia Eller é lembrada pelos dez anos de sua morte. Eu ainda tenho uma lembrança bem clara de estar em casa com a TV ligada quando Fátima Bernardes anunciou sua morte no Jornal Nacional. Sem exageros e nem sentimentos vazios, eu senti a morte de Cássia como se fosse alguém do meu convívio íntimo.
Eu não sou tão velho, mas lá pelos meus 11 anos, a Internet ainda não era popular como é hoje em dia, daí que uma série de coisas muito fáceis de se conseguir nos tempos de hoje, era uma luta para se ter. Isso explica o fato de eu ter uma pasta com letras de músicas, fotos e recortes sobre Cássia Eller. Brega, eu sei, mas eu sempre fui fã dela.
Cresci idolatrando Legião e Nirvana, mas por motivos óbvios nunca pude ver um show de nenhuma dessas bandas. Minha história com Cássia é diferente porque além de tê-la como ídolo, eu pude viver em tempo real toda a febre que um fã tem direito. Isso vai de esperar ansiosamente por um novo disco até brigar com os pais para ir ao show.
A força e a luz dos olhos de Cássia Eller sempre me atingiram de forma muito comovente. Foi com Cássia que eu aprendi a reparar em sorrisos, a gostar tanto de sorrisos e ler alguém por inteiro através de um sorriso. Não há outro sorriso como o de Cássia. Tampouco voz e energia como a dela. Invocada, atrevida, tímida, explosiva, contida, inquieta, calma. Eu amo Cássia Eller. Salve!
PS: Cássia Eller é mais que o Acústico MTV. Bem mais que Malandragem e sua irreverência não se resume em levantar a camiseta e mostrar os peitos.