Imaginem todos o clichês cinematográficos, literários e até mesmo musicais que existem sobre vampiros. Aversão à luz, sede de sangue humano, pescoços com dois furinhos dos dentes afiados, a violência ao abater uma vítima, o frio da pele e um ar blasé comum aos vampiros, todos estes clichês estão presentes nesse maravilhoso filme sueco. Ah, o que ele tem de diferente dos demais filmes do gênero? Tudo! É um filme estonteantemente belo que mescla com maestria doçura e barbárie ao nos apresentar o personagem Oskar, jovem de doze anos que sofre com maldades de seus colegas de escola, e Eli, menina aparentemente de 12 anos, de uma solidão gritante e cheia de mistérios.
Se procurar pela ficha técnica do filme, lá vai vê-lo classificado como um filme de horror ou suspense. Mas é muito mais que isso. Acima de tudo é um drama que através do romance nos apresenta a complexidade dos personagens e as mazelas da existência humana e da existência vampírica. Os diálogos no filme são poucos e minimalistas, mas tudo fica explícito nos olhos e nos gestos.
Neste filme, a aceitação do que o outro é e a compreensão da condição na qual o outro se encontra é exposta de maneira sutil e brutal ao mesmo tempo, é uma das coisas mais bonitas que já vi no cinema. Recomendo especial atenção no tipo de laço existente entre Eli e o senhor de idade, e também na cena onde conscientemente Oskar a deixa entrar. As nuances são surpreendentes, vale a pena assisti-lo, e o mais rápido possível!
FICHA TÉCNICA
Título original: Let the Right One In (2008)
Duração: 114 minutos
Gênero: Terror
Direção: Tomas Alfredson
País de origem: Suécia
Um comentário:
Vi o trailer e me apaixonei *__*
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